João Amós Comênio




A educação da juventude se processará facilmente se começar cedo,antes da corrupção das inteligências.

João Amós Comênio

sexta-feira, 29 de julho de 2011

A importância da mediação na aprendizagem

 

28/6/2011
Área: Notícias Editora
Mediar é uma forma do professor conduzir o aluno no ato de pensar em que se suscita discussões em torno de uma resposta obtida e, em seguida, questiona-se sua veracidade, indica-se caminhos que podem levar à resolução e orienta-se a reformulação de hipóteses para obtenção de teses e conclusões.

Paralelamente, a tarefa de ensinar implica numa relação plena e constante do professor com o aluno, não só no conhecimento, mas também na capacidade de questionar a criança que, nas situações de aprendizagem, vai desenvolver cada vez mais a habilidade de fazer perguntas. Faz-se necessário, portanto, valorizar a curiosidade, o espírito de busca, a imaginação, a autonomia. Para que isto aconteça, não se pode desenvolver o ato de ensinar só a partir das informações dadas pelo professor, mas na busca, na investigação, na procura de soluções das situações apresentadas.

É, então, nesse contexto que o professor se torna o mediador entre o aluno e o conhecimento (objeto a ser aprendido). A mediação é uma tarefa bem complexa que vai exigir do professor a criatividade, o estar alerta, a preocupação com cada aluno e a percepção da caminhada da turma.

Pode-se ver, entretanto, que todos os papéis (organizador, consultor, mediador, controlador e incentivador) contribuem com o maior objetivo a ser atingido com a prática didática: educar. Educar é transformar e, antes de ir em busca dessa transformação em seus alunos, é necessário que o educador/professor transforme a sua forma de agir e de pensar. Neste período de busca pela própria transformação e dos educandos, nada melhor que um bom planejamento. É importante que, antes de iniciar a abordagem de qualquer tema ou assunto, o professor defina o que é essencial e pesquise fontes variadas, além de utilizar diferentes métodos de trabalho e procurar conhecer muito bem os seus educandos. Nesta prática escolar é sempre bom conversar com outros educadores e buscar informações em sociedades, associações ou órgãos.

Mas como a mediação pode ser feita? Situações e práticas educativas capazes de estimular o ato de refletir incluem:
* Roda de conversas – ver o que o aluno já sabe sobre o assunto a ser dinamizado
Cantigas – motivadoras sobre o assunto
Histórias – estimuladoras do ato de pensar sobre o assunto
Músicas populares - capazes de promover a sintonia entre o conhecimento e a vida
Leitura de fatos de jornais e revistas – estimuladoras do ato de reflexão
Cartazes estimulantes do assunto
Propagandas – coerentes com a situação de aprendizagem
Jogos - estimulantes do raciocínio
Reportagens da TV – desenvolvimento da percepção visual, raciocínio
Poemas

Ao trabalhar quaisquer das situações acima, o papel do professor é fazer perguntas e, com isso, levantar questões para discussão que podem orientar o exercício da análise e da organização do pensamento, sempre introduzindo ou refletindo sobre o assunto, desencadeando atividades agradáveis em aula de aula, tornando os materiais atraentes e fonte de aprendizagem.

O tipo de exercício proposto deve permitir uma reflexão sobre a temática que está sendo desenvolvida e, ao mesmo tempo, provocar a oralidade, a compreensão, o pensamento reflexivo, a organização do pensamento, a interpretação, a análise, a síntese.... Deste modo, a realidade tanto do professor quanto a do aluno podem ser muito exploradas, pois elas são ricas de significados, de vida.

E para desencadear todo este processo, como fazer perguntas? Questões do tipo “Adivinhem de quem/que estou falando?” ou “Adivinhem o que foi que eu vi, comprei, segurei, destaquei” são a melhor ideia nessas horas.

Selma Mendes Gonzaga - Assessora Pedagógica da FTD

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