João Amós Comênio




A educação da juventude se processará facilmente se começar cedo,antes da corrupção das inteligências.

João Amós Comênio

quarta-feira, 7 de março de 2012

Semana das Mulheres - Mulheres que marcaram a história!

Princesa Isabel: Trocou a Monarquia pelo final da escravatura no Brasil

No ano de 1888, a Princesa Isabel vivia um dilema: assinar a Lei Áurea, determinando a liberdade dos escravos que trabalhavam nas lavouras brasileiras e ao mesmo tempo desferindo um golpe mortal na monarquia – já que os ricos senhores de escravos, descontentes, passariam para as fileiras republicanas –, ou fechar os olhos e deixar tudo como estava?

Todo mundo sabe a resposta, e foi por isso que a Princesa Isabel passou a ser chamada de A Redentora.

Esta mulher nasceu em 29 de julho de 1846 (quando o Brasil ainda era regido pela monarquia), no Rio de Janeiro. Segunda filha de Dom Pedro II, na época o governante do Brasil, ela tinha o extenso nome (costume típico da época) de Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança.

A Princesa Isabel recebeu esmerada educação, inclusive musical. Falava francês, alemão e inglês, mas era simples, tendo como principal passatempo plantar e colher flores. Ainda jovem, com 18 anos, ela casou com o Conde D’Eu, que virou marechal do Exército Brasileiro.

Dom Pedro II sofria de diabetes e problemas do fígado, e em diversas oportunidades precisou de atendimento médico na Europa. Nestas oportunidades, a Princesa Isabel assumia o trono. Ela governou o Brasil em três vezes, de 1871 a 1872, 1876 a 1877 e 1887 a 1888.


Foi neste último período que a princesa mostrou um lado mais de mulher do que de regente, abraçando a causa abolicionista e se declarando "madrinha dos escravos".

Ela sabia que assinar a Lei Áurea era determinar o fim da monarquia e ainda trazer sérios problemas à Coroa, já que estava apoiada nos fazendeiros e senhores de engenho; colocando-se contra os interesses deles, eles também abandonaram a Coroa e passaram a apoiar a República.

De qualquer jeito ela assinou, com uma caneta de ouro, a Lei Áurea, dando liberdade aos escravos em 13 de maio de 1888, em Petrópolis. Pouco mais de um ano depois, em 1889, instituída a República, a família real foi banida para a Europa.

Somente em 1920 foi revogada a lei que bania a Família Imperial do Brasil, mas era tarde para receber a libertadora dos escravos de volta. Enferma, ela faleceu em 14 de novembro de 1921. Teve três filhos com o Conde D’Eu, sendo que dois deles faleceram antes que ela.

A estampa da Princesa Isabel ficou conhecida na nota de 200 cruzeiros, nos anos 80.



Mary Quant: A inglesa que descobriu os joelhos das mulheres

Se não fosse pela inglesa Mary Quant – que nasceu em 1934 e continua na ativa até hoje –, provavelmente os homens continuariam acostumados a ver as mulheres desfilando com saias compridas até os pés.
Pois foi Mary Quant que, em meados dos anos 60, inventou a polêmica minissaia.
O fenômeno apareceu em 1964, quando todo o mundo passava por uma enorme revolução, principalmente cultural. Os jeans, por exemplo, tornaram-se uma verdadeira instituição para a juventude do "paz e amor", enquanto o fenômeno dos Beatles ia ficando cada vez maior e o pesadelo do Vietnã ainda chocava os americanos. No Brasil, a Jovem Guarda surgia com força total.
Nesta época, a então estudante Mary Quant achava a moda "terrivelmente feia", passando a desenhar sua própria roupa; anos depois, com o marido, abriu a loja Bazaar, na famosa King’s Road, em Londres.
Seu nome ficou marcado como sendo inventora da minissaia, mas há há controvérsias sobre quem realmente criou a indumentária.
Acontece que, no mesmo ano de 1964, o estilista André Courreges "subiu" as saias de sua coleção de verão cerca de 15 centímetros acima do joelho. Seriam as primeiras minissaias.
Mas a revolução mesmo foi assinada por Mary Quant, que na mesma época radicalizou ao desenhar saias com "mínimos" 30 centímetros de comprimento, que deixavam toda a perna de fora e eram usadas com blusas justas (a camiseta ainda era roupa íntima), botas e meias para fazer frente ao frio londrino.
O fenômeno se alastrou pelo mundo, para desespero das mulheres conservadoras e alegria dos homens em geral.
Em poucos anos, Mary Quant abriu 150 filiais na Inglaterra, 320 nos EUA e milhares de pontos de venda no mundo todo. Sua butique se tornou o símbolo de vanguarda das décadas de 60 e 70, mas o auge veio em 1966, quando a própria rainha Elizabeth II condecorou Mary com a Ordem do Império Britânico. Ela foi receber o prêmio, óbvio, vestindo uma minissaia.
Mary Quant voltou a ser notícia em 1994, então com 60 anos, quando lançou uma coleção de acessórios e de cosméticos justificando: "É para que ninguém me esqueça". Ela ainda é adepta da sua criação.


Carmen Miranda
Cantora e atriz
Biografia de Carmen Miranda:

Carmen Miranda (1909-1955) foi cantora e atriz luso-brasileira. Veio para o Brasil com 10 meses. Ainda criança já revelava talento para a música e a dança. Apresentada ao músico Josué de Barros, foi logo levada para cantar em clubes e teatros. A música "Pra você gostar de mim", mais conhecida por "Tai", foi seu primeiro grande sucesso de carnaval. Gravou músicas de vários compositores e fez sucesso nas rádios. Participou de vários filmes, brilhou na Argentina, Chile e Uruguai. No filme "Banana da terra" aparece pela primeira vez caracterizada de baiana. Estreou na Broadway em 1939, atuou em vários filmes em Hollywood, participou de programas de televisão, casas noturnas, cassinos e teatros. Com seus trajes exóticos e sapatos plataforma, brilhava nos palcos contando seu repertório de rumbas e marchinhas de carnaval.
Carmen Miranda (1909-1955) nasceu no dia 9 de fevereiro, em Marco de Canaveses, cidade portuguesa no Distrito do Porto. Filha do barbeiro José Maria Pinto Cunha e de Maria Emília Miranda. Seu nome de batismo era Maria do Carmo Miranda da Cunha. Quando tinha 10 meses de idade veio para o Rio de Janeiro, junto com sua mãe e sua irmã Olinda, onde seu pai já morava. Estudou em colégio de freiras e aos 14 anos já trabalhava como vendedora em lojas. Carmen não voltou mais a sua terra natal. Foi homenageada com seu nome no Museu Municipal Carmen Miranda.
Em 1929 Carmen foi apresentada ao compositor Josué de Barros e logo brilhou em teatros e clubes. Gravou os primeiros discos. O grande sucesso veio com a marcha "Pra você gostar de mim" conhecida por "Tai", escrita especialmente para Carmen. Em 30 de outubro realizou sua primeira turnê internacional em Buenos Aires.

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